Vida & Arte viu
Arthur Moreira Lima estacionou seu caminhão, na última sexta-feira, no Bom Jardim. Muitos assistiram, pela primeira vez, a um cocerto de piano
Raquel Gonçalvesda
Redação
12 Jan 2009
“Silêncio, estamos num concerto”, disse Gleiton Silva para o amigo que insistia em conversar no meio da apresentação de Arthur Moreira Lima. “Tu não tem paciência de ouvir essa música não é, macho? Depois a gente conversa”, voltou-se para o palco, concentrado ao que assistia. Às 20h30min, da última sexta-feira, na Praça Santa Cecília, o pianista iniciou a apresentação de número 282, com o clássico de Sebastian Bach: Jesus, Alegria dos homens, arrancando muitos aplausos logo nos primeiros toques sutis do piano. O pianista também se apresenta para o público ao ar livre em Crateús, no dia 15. Finalizando a turnê de shows no estado, Arthur Moreira Lima vai ao município de Barbalha, no dia 17. A praça Santa Cecília estava movimentada. Crianças andando de bicicleta, algodão doce, pipoca, roda gigante e uma porção de cadeiras arrumadas diante do caminhão-palco de Arthur Moreira Lima. Estavam quase todas ocupadas. Muitos curiosos circulavam no entorno e alguns apreciadores concentravam-se no pianista. O público, heterogêneo e diversificado, reagiu de várias formas. Alguns arregalavam os olhos de longe, aguçados pela curiosidade; uns conversavam, sem dar muita atenção à música; outros olhavam fixos para as mãos leves de Arthur, que pareciam fazer cócegas no piano. Famílias com crianças também ocupavam parte das cadeiras e admiravam o talento de Arthur. Gleilton Silva, tem 20 anos, faz teatro há dois anos e ficou surpreso com a oportunidade de assistir a música clássica ao vivo, no bairro onde mora e de graça, já que só havia visto antes na televisão. “Foi muito inesperado e impactante. As pessoas aqui são muito presas ao forró. Quando ele anunciou que ia tocar Mozart, fiquei emocionado”, disse sorrindo e acrescentou: “Teve uma que eu lembrei do filme do Chaplin que vi”. Para Gleiton, assistir pela primeira vez a um concerto foi a grande satisfação. Já para o mineiro Jesus Mateus, que mora em Fortaleza há quatro anos, foi rever Arthur. Há dez, 12 anos, ele já havia assistido a um concerto de Arthur Moreira Lima, no teatro municipal do Rio de Janeiro e não podia perder a oportunidade de revê-lo. “Ele é um dos maiores pianistas do mundo. A música dele traz uma paz interior, principalmente nesses dias de hoje de tanto barulho”, disse Mateus, que é padre e trabalha na Paróquia de São Benedito. Ele levou ainda dois amigos para conhecer o talento do pianista. Durante os 50 minutos da apresentação, Arthur Moreira Lima tocou a clássica 5º Sinfonia de Beethoven, que foi reconhecida por muitos que ali assistiam, manifestando-se com alguns sorrisos ou aplausos pontuais. No repertório, o músico incluiu Mozart, Chopin, Vila–Lobos, Bach, Beethoven e Ernest Nazareth. E para fechar com chave de ouro, emendou uma seqüência de Luiz Gonzaga, Pixinguinha, encerrando com o Hino Nacional. Asa Branca foi recebida com um carinho especial, quando se insinuou timidamente palmas acompanhando o ritmo da música, mas logo se dissolveu no silêncio e na atenção do público. O Hino tocado com os arranjos próprios do pianista encerrou a noite com muita elegância, fechando um ciclo de músicas que, possivelmente, conseguiu estabelecer um contato com o público presente.
Arthur Moreira Lima estacionou seu caminhão, na última sexta-feira, no Bom Jardim. Muitos assistiram, pela primeira vez, a um cocerto de piano
Raquel Gonçalvesda
Redação
12 Jan 2009
“Silêncio, estamos num concerto”, disse Gleiton Silva para o amigo que insistia em conversar no meio da apresentação de Arthur Moreira Lima. “Tu não tem paciência de ouvir essa música não é, macho? Depois a gente conversa”, voltou-se para o palco, concentrado ao que assistia. Às 20h30min, da última sexta-feira, na Praça Santa Cecília, o pianista iniciou a apresentação de número 282, com o clássico de Sebastian Bach: Jesus, Alegria dos homens, arrancando muitos aplausos logo nos primeiros toques sutis do piano. O pianista também se apresenta para o público ao ar livre em Crateús, no dia 15. Finalizando a turnê de shows no estado, Arthur Moreira Lima vai ao município de Barbalha, no dia 17. A praça Santa Cecília estava movimentada. Crianças andando de bicicleta, algodão doce, pipoca, roda gigante e uma porção de cadeiras arrumadas diante do caminhão-palco de Arthur Moreira Lima. Estavam quase todas ocupadas. Muitos curiosos circulavam no entorno e alguns apreciadores concentravam-se no pianista. O público, heterogêneo e diversificado, reagiu de várias formas. Alguns arregalavam os olhos de longe, aguçados pela curiosidade; uns conversavam, sem dar muita atenção à música; outros olhavam fixos para as mãos leves de Arthur, que pareciam fazer cócegas no piano. Famílias com crianças também ocupavam parte das cadeiras e admiravam o talento de Arthur. Gleilton Silva, tem 20 anos, faz teatro há dois anos e ficou surpreso com a oportunidade de assistir a música clássica ao vivo, no bairro onde mora e de graça, já que só havia visto antes na televisão. “Foi muito inesperado e impactante. As pessoas aqui são muito presas ao forró. Quando ele anunciou que ia tocar Mozart, fiquei emocionado”, disse sorrindo e acrescentou: “Teve uma que eu lembrei do filme do Chaplin que vi”. Para Gleiton, assistir pela primeira vez a um concerto foi a grande satisfação. Já para o mineiro Jesus Mateus, que mora em Fortaleza há quatro anos, foi rever Arthur. Há dez, 12 anos, ele já havia assistido a um concerto de Arthur Moreira Lima, no teatro municipal do Rio de Janeiro e não podia perder a oportunidade de revê-lo. “Ele é um dos maiores pianistas do mundo. A música dele traz uma paz interior, principalmente nesses dias de hoje de tanto barulho”, disse Mateus, que é padre e trabalha na Paróquia de São Benedito. Ele levou ainda dois amigos para conhecer o talento do pianista. Durante os 50 minutos da apresentação, Arthur Moreira Lima tocou a clássica 5º Sinfonia de Beethoven, que foi reconhecida por muitos que ali assistiam, manifestando-se com alguns sorrisos ou aplausos pontuais. No repertório, o músico incluiu Mozart, Chopin, Vila–Lobos, Bach, Beethoven e Ernest Nazareth. E para fechar com chave de ouro, emendou uma seqüência de Luiz Gonzaga, Pixinguinha, encerrando com o Hino Nacional. Asa Branca foi recebida com um carinho especial, quando se insinuou timidamente palmas acompanhando o ritmo da música, mas logo se dissolveu no silêncio e na atenção do público. O Hino tocado com os arranjos próprios do pianista encerrou a noite com muita elegância, fechando um ciclo de músicas que, possivelmente, conseguiu estabelecer um contato com o público presente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário